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segunda-feira, 22 de agosto 2005

Home at Last

maeva_ago_08.jpg
No micro-palco do Maeva com Carlini e Maurício Gasperini

[ foto: Enio Martins © www.ritchie.com.br ]

Foi uma semana mucho busy. Shows para quase dez mil pessoas em Diadema e para algumas dúzias de pessoas no Bar Maeva (foto acima). Não vejo grande diferença, tirando os números. Cada show é único e eu me entrego do mesmo jeito. Basta eu ver a felicidade estampada nos rostos da primeira fila para sentir que cumpri meu dever como entertainer.

O palco do Maeva é apertado mas o lugar pega fogo pra valer. Muitas mulheres bonitas, eu diria cerca de 80% da clientela, circulavam livres, leves e soltas diante do palco. Dava pra cantar olhando bem nos olhos delas. Uma delícia... Repare bem que eu estou sem meu óculos habitual - Eu o perdi faltando alguns segundos para entrar no palco. Alguma fã deve ter encontrado e guardado como suvenir. No dia seguinte, comprei outro igual. Sem estresse...

O problema é que nesse mesmo dia seguinte, eu acordei com um baita resfriado. Depois de suar a camisa no Maeva, na noite anterior, peguei um vento gelado na saída e me ferrei...

Era quinta-feira. Fui ao ensaio com minha banda no estúdio do nosso técnico, Tales, mas não consegui cantar. Resolvi voltar ao hotel e descansar a voz mais um bocado.

O show de sexta-feira, uma festa fechada com Leo Jaime, foi surreal. Eu, ainda completamente afônico, sem voz. A platéia se divertia pra valer assim mesmo, aparentemente inebriada durante o suntuoso jantar oferecido pela empresa. Bastou uma única mulher subir ao palco durante o coro de Menina Veneno para ele ser invadido por um monte de gente, toda feliz, sub-gerentes e secretárias, querendo tirar foto comigo enquanto eu grasnava no microfone. Isso, na verdade, ajudou em muito a disfarçar minha rouquidão pois eu era agarrado e puxado para longe do microfone, em várias ocasiões, por fãs balzaquianas que haviam exagerado no Frascati. Oh, What a Night!

Desci do palco e fui direto para debaixo dos cobertores no meu quarto de hotel. Dormi por doze horas seguidas. Acordei, almocei, tomei muita água, remédios, vi um pouco de TV, li alguns capítulos do novo livro do Nick Hornby - genial por sinal - e dormi de novo...

No domingo eu levantei da cama me sentindo bem mais disposto para o show ao meio-dia no Shopping Anália Franco com Paulo Ricardo, Kiko Zambianchi, e o infatigável Kid Viníl, nosso MC. Era aberto ao público no imenso vão central do Shopping e todos os cinco andares acima do palco estavam lotados de gente. Eu olhava pra o alto e só via ondas de cabeças dependuradas, olhando para baixo de uma altura incrível. Parecia aquelas pinturas barrocas com rodas de anjos ascendendo ao céu.

Paulo abriu o show e arrasou. Tocou quatro de seus grandes hits e o lugar veio abaixo. A hard act to follow, mas o Kiko também veio com tudo e fez um set forte e inusitado. Primeiros Erros levantou a galera legal.

Cada um estava tocando com sua própria banda, o que teria dificultado a continuidade do show não fosse a habilidade dos roadies e do nosso MC, Kid Viníl que, depois do show do Kiko, entrevistou-o no palco enquanto meus roadies trabalhavam franticamente para armar nosso setup. Rolou até uma versão à cappella de Rolam as Pedras, que o Kiko havia esquecido de cantar no set. Kid terminou a entrevista se despedindo do Kiko e cantando seu próprio megahit, Sou Boy para a alegria de toda a moçada presente.

Depois foi a minha vez de encerrar o espetáculo. Será que a voz aguentaria? Aguentou, felizmente. O coral "celestial", acima da minha cabeça cantando as músicas todas, foi o complemento perfeito para uma tarde divina.

Tentei chamar o Paulo de volta para o palco mas fui informado que ele já havia ido embora. Uma pena tendo em vista que o show era chamado "Grandes Encontros". Kiko e Kid subiram comigo para o bis e fizemos uma versão improvisada de Come Together, dos Beatles. A banda arrasou e Kiko fez um belo solo. Fim de festa...

Saí direto para o aeroporto e de volta para Rio a tempo de parabenizar minhas duas filhas que comemoravam aniversário juntas - sim, elas nasceram no mesmo dia (e quase na mesma hora) em anos diferentes.

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irradiado por Ritchie [22 de ago 2005, às 14:39]

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8 SINAIS NO RADAR

Nossa, que post mais gostoso de ler!!! Muito bacana a maneira como vc narra as coisas.
Muito, muito bom!
Que maratona!
EU li nos blogs do Leo e do Kleine que vc estava afônico, e mesmo assim foi cantar. Ainda me pergunto como vc conseguiu conduzir esse show, hehehe.
Brasília já está com saudades, viu?? Eu acho que vou até Goiânia pra assistir ao G80, já que tô perdendo as esperanças de ver esse showzão aqui na capital, depois de 2 cancelamentos...
Beijos!

irradiado por: Helena em agosto 22, 2005 10:30 PM

Eu estava lá no Shopping Anália Franco e posso cofirmar tudo o que foi dito. O show foi realmente muito legal (inclusive, isso deveria repetir-se com mais frequência). O shopping estava abarrotado de gente... foi tudo muito bom. Parabéns Ritchie, pelo show e pelo texto empolgante.

irradiado por: Nadine em agosto 23, 2005 12:52 PM

Nossa que maravilha a sua descrição!!!
Eu estava no Shopping Analia Franco e realmente estava divino, vocês arrassaram, meus parabens!
Tenho algumas fotos se interessar te envio pelo e-mail.

Grande Beijo e sucesso...

irradiado por: Luciana em agosto 23, 2005 1:09 PM

Ritchie, espero que não esteja bravo comigo devido ao comentário que eu fiz no blog do Leo. Depois dá uma passada lá, e leia a minha resposta, ok!
Como eu tinha dito, voce é energizante no palco e o show foi massa!
beijos sem magoas...hehehe
Rô;)

irradiado por: Rosana em agosto 23, 2005 4:30 PM

Está tudo perdoado, Rosana.

Fico apenas chateado de ter dado essa má impressão em você quando a verdade é justamente o contrário: eu vivo do carinho dos meus fãs.

Às vezes os seguranças agem de forma um tanto truculento, o que sempre constrange quem quer chegar perto dos artistas. Eles (os seguranças) estão apenas tentando nos proteger de cenas de histeria e assédio exacerbado. Nem sempre é possível dar a devida atenção a todos, principalmente no momento de descer do palco no final de um show. Naquele momento eu estava com as mãos cheias, flauta, megafone etc. e não foi possível assinar muitos autógrafos por isso. Mesmo assim procurei atender a todos na medida do possível.

Lamento se isso te causou alguma estranheza. Fiquei quase 20 minutos conversando com fãs na entrada do camarim, dando autógrafos e tirando fotos depois do show. Esse contato é fundamental para mim. Acredite.

irradiado por: Ritchie em agosto 23, 2005 6:37 PM

Conversando a gente se entende, não é mesmo?
Muito obrigada pela demonstração de carinho comigo!
Vou aparecer mais vezes no seu blog, achei muito legal! Ainda não estou muito familiarizada, mas não vai demorar muito pra isso...rsr
Beijinhos, Rô;)

irradiado por: Rosana em agosto 24, 2005 9:03 AM

E aí Ritchie blz? Desculpe a demora em postar, é que também estou na correria, quero primeiramente agradecer a atenção dispensada a mim e a minha mãe no bar Maevva no último dia 17, sei que parecíamos dois fãs bobões atrás de umas fotos, autógrafo e conhecer um pouco o artista como pessoa (tá, na verdade era isso tb.), mas gostaria de ressaltar que significou muito para gente, e realmente, eu que presenciei de perto o show em Diadema e depois o do Maevva sei que a diferença é imensa, mas a alegria e a emoção dos dois foi contagiante (principalmente a última que foi mais de perto), sem contar as gatinhas que deliravam ao som das belas músicas, o show de luzes etc., agradeço também ao Ênio que nos atendeu super bem, e tenho votos que em breve retornem por estas bandas, hehehe...

irradiado por: Luiz Rodolfo em agosto 27, 2005 8:24 PM

E aí Ritchie blz? Desculpe a demora em postar, é que também estou na correria, quero primeiramente agradecer a atenção dispensada a mim e a minha mãe no bar Maevva no último dia 17, sei que parecíamos dois fãs bobões atrás de umas fotos, autógrafo e conhecer um pouco o artista como pessoa (tá, na verdade era isso tb.), mas gostaria de ressaltar que significou muito para gente, e realmente, eu que presenciei de perto o show em Diadema e depois o do Maevva sei que a diferença é imensa, mas a alegria e a emoção dos dois foi contagiante (principalmente a última que foi mais de perto), sem contar as gatinhas que deliravam ao som das belas músicas, o show de luzes etc., agradeço também ao Ênio que nos atendeu super bem, e tenho votos que em breve retornem por estas bandas, hehehe...

Aquele abraço!!!!!

irradiado por: Luiz Rodolfo em agosto 27, 2005 8:26 PM
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